O governo fará uma
mudança nos cursos públicos e privados de medicina. Além de cursarem os seis
anos hoje previstos, alunos que ingressarem na graduação no início de 2015
trabalharão dois anos na rede pública de saúde antes de conseguirem o registro
definitivo de médico. Nesse período extra, chamado de “2.º ciclo” pelo governo,
o médico continuará em formação, trabalhando exclusivamente em postos de saúde,
pronto socorros e no Samu, sempre vinculado à instituição de ensino original.
Ou seja, não poderá dar plantão por fora nem abrir consultório. Receberá uma
bolsa do Ministério da Saúde, com valor ainda não definido - a expectativa é
que fique entre R$ 3 mil e R$ 8 mil. Essa medida faz parte de um pacote de
ações na saúde que foram anunciadas, na tarde de ontem, pela presidente Dilma
Rousseff. Entre elas, está ainda a vinda de médicos estrangeiros para o
País.
O Ministério da Saúde
diz ter se inspirado no modelo do Reino Unido para criar o novo formato do
curso de medicina. O objetivo, segundo o ministério, é melhorar a formação do
médico na atenção básica. Apesar de o discurso oficial não ter esse foco, a
expectativa é que o “2 ciclo” despeje 20 mil médicos na rede básica e pública
de saúde em 2021. A alteração será feita via uma medida provisória que será
publicada no “Diário Oficial” da União de hoje.
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