Em entrevista concedida na manhã desta
quarta-feira (06) ao Radialista Autran Santos, veiculada no início da tarde no
Programa Grande Jornal, apresentado pelo Radialista Marcelo Barros, o Promotor
de Justiça, Hugo Alves, falou sobre o Concurso de Camocim, assunto que vem
sendo recorrente no município, e que pelo jeito, continuará assim até que a
coisa "ate ou desate" de vez. O representante do MP local iniciou
suas palavras prestando solidariedade ao Radialista Autran Santos, que afirmou
ter sido barrado na entrada da Câmara de Camocim, quando ia cobrir a sessão de
segunda-feira (o4), que acabou com a não aprovação do Projeto de Lei enviado
pelo executivo, que previa a contratação de servidores temporários para
serviços essenciais do município.
Em seguida, o Promotor, que nunca se
furtou, diga-se de passagem, à prestar esclarecimentos à imprensa, falou sobre
a situação do concurso, citando a auditoria que está sendo feita por uma empresa,
a pedido da Prefeita Monica Aguiar (PSB). Falou ainda sobre o impasse que foi
criado: Segundo ele, os concursados não estão sendo chamados por causa da
auditoria, e os contratados, como médicos , professores, e outros
profissionais, não são chamados porque a câmara não aprovou a lei. O que
ele espera é que o impasse seja resolvido o mais rápido possível, pois os
serviços essenciais não podem parar. O Promotor lembrou que a empresa que está
fazendo um diagnóstico de gestão do município, não está tratando só do concurso,
já que, de acordo com suas palavras "...Tem muitas denúncias contra o
ex-gestor, denúncias de falta de repasse à previdência...denúncias de que os
parcelamentos feitos junto ao INSS não foram recolhidos como deveria, e isso
levou os recursos do FPM a serem arrestados, o que acabou prejudicando o
pagamento dos servidores, causando um verdadeiro caos administrativo na cidade.
Então, tem muitas denúncias a serem apuradas, não é apenas a essa do
concurso".
Ele pediu ainda diretamente à prefeita
que ela mande dar prioridade à avaliação que está sendo feita, e disse: "...E
se tiver tudo ok, que chame de imediato esses concursados, porque, obviamente,
a prioridade é o concursado”. Completou dizendo que “o impasse político levou a
essa situação".
Hugo Alves disse que o MP está dando
esse prazo, esperando o resultado da auditoria, e conforme for decidido, a
Promotoria vai tomar a sua decisão, podendo concordar ou discordar dos
auditores. Sobre a polêmica na cidade em
torno do assunto, foi claro ao dizer que não adianta haver especulação. Ele finalizou dizendo: "Até o momento não foi apresentada nenhum
tipo de prova de que há ilegalidades que levem à nulidade do concurso, mas eu
não descarto que elas possam existir".
Durante os quase 15 minutos de
entrevista, o que se pode notar é que o Promotor Hugo Alves escolheu agir com
cautela, sem afirmar, atestar, nem isso, nem aquilo, fora, é claro, o grande
impasse em que chegou o município de Camocim, ao ter seus serviços essenciais
comprometidos, por algo que nasceu, segundo ele mesmo disse, através de uma
questão política. Da mesma forma, de forma cautelosa, ele não afirma que o
concurso está legal, nem diz que ele está ilegal. Espera, de forma coerente,
pelo que vai ser relatado na auditoria, para só assim se manifestar sobre o
assunto. Por uma dessas coincidências da vida, esse vem sendo o posicionamento
deste blog. O que estamos adotando é essa mesma espera, para depois, com a
decisão final decretada pela justiça, podermos, com base, cobramos as ações que
deverão ser tomadas, sem querer saber se isso vai agradar, ou desagradar alguém
ou algum grupo. Ouçam AQUI a entrevista, na íntegra, do Promotor de
Justiça, Hugo Alves.
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