A Polícia não descarta a hipótese de um crime de ´queima de arquivo´. A jovem era integrante de uma quadrilha detida.
A Polícia já tem pistas para esclarecer um duplo assassinato ocorrido no
começo da manhã de ontem, na zona Oeste de Fortaleza. Mãe e filha foram
assassinadas dentro de casa.
O
crime que vitimou a ex-presidiária Daysiane Duarte Lima, 19, mais
conhecida por ´Daysinha´; e a mãe dela, Jovita Duarte Benigno, 38,
conforme a Polícia, foi ordenado pelo traficante conhecido por ´Tranca´,
que está preso no Instituto Penal Paulo Sarasate (IPPS).
O crime ocorreu por volta de 5 horas de ontem, na Rua Vicente Luiz Rocha, 950, no bairro Quintino Cunha.
O comandante
do 5ºBPM, tenente-coronel Francisco Souto, destacou que o provável
motivo do crime é a disputa pelo controle do tráfico de drogas nos
bairros Quintino Cunha, Vila Velha e Barra do Ceará. No local do crime,
foram encontradas cápsulas de pistola calibre 9 milímetros, arma de uso
restrito das Forças Armadas Brasileiras.
Era começo da manhã de ontem, quando o rabecão da Perícia Forense recolheu os corpos das duas mulheres na casa delas, no bairro Quintino Cunha FOTO: VIVIANE PINHEIRO |
Investigação
Outra linha
de investigação aponta que a jovem pode ter sido morta como ´queima de
arquivo´. Em junho do ano passado, Daysiane havia sido presa juntamente
com outras sete pessoas.
Os oito
formavam uma quadrilha que estaria fortemente armada e planejava atacar
bancos nas cidades da região Centro-Sul do Estado. Na ocasião, parte do
bando foi preso em Acopiara e outra em Mombaça. Com os acusados foram
apreendidas três metralhadoras, pistolas e muita munição.
Além de
Daysiane, também foram capturados, naquela ocasião, seus comparsas Sâmia
Maria da Silva Araújo, Felipe Dênis Carmo da Silva, Paulo Edson Silva
Gonçalves, Hilton Arão Gadelha de Castro, Antônio Remildo Custódio
Cazuza (que seria o chefe do bando), Rafael Martins de Andrade e Vicente
Leite Sobreira. Posteriormente, Sâmia foi morta, a facadas, durante uma
rebelião e tentativa de fuga na cadeia pública de Iguatu.
Na manhã de
ontem, os criminosos arrombaram o portão de ferro da residência e em
seguida a porta de alumínio, que dá acesso à sala. Mãe e filha foram
mortas dentro de um dos quartos, onde também estava uma criança de colo
do sexo masculino. O bebê ficou sob os cuidados de um familiar das
vítimas. O corpo de ´Daysinha´ apresentava oito tiros. O perito Ireudo
Pereira, da Coordenadoria de Criminalística (CC) da Perícia Forense do
Estado do Ceará (Pefoce) fez levantamentos no local.
Jovita Duarte levou três tiros na cabeça. Os indícios apontam que ela foi morta porque tentou defender a filha.
Apesar da pouca idade, ´Daysinha´ respondia a processos por homicídio, formação de quadrilha e uso de entorpecentes.
FERNANDO BARBOSA/
REPÓRTER
Fonte: DN
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