quinta-feira, 7 de março de 2013

Promotor diz que aguarda auditoria para se manifestar sobre concurso de Camocim

Em entrevista concedida na manhã desta quarta-feira (06) ao Radialista Autran Santos, veiculada no início da tarde no Programa Grande Jornal, apresentado pelo Radialista Marcelo Barros, o Promotor de Justiça, Hugo Alves, falou sobre o Concurso de Camocim, assunto que vem sendo recorrente no município, e que pelo jeito, continuará assim até que a coisa "ate ou desate" de vez. O representante do MP local iniciou suas palavras prestando solidariedade ao Radialista Autran Santos, que afirmou ter sido barrado na entrada da Câmara de Camocim, quando ia cobrir a sessão de segunda-feira (o4), que acabou com a não aprovação do Projeto de Lei enviado pelo executivo, que previa a contratação de servidores temporários para serviços essenciais do município. 
Em seguida, o Promotor, que nunca se furtou, diga-se de passagem, à prestar esclarecimentos à imprensa, falou sobre a situação do concurso, citando a auditoria que está sendo feita por uma empresa, a pedido da Prefeita Monica Aguiar (PSB). Falou ainda sobre o impasse que foi criado: Segundo ele, os concursados não estão sendo chamados por causa da auditoria, e os contratados, como médicos , professores,  e outros profissionais, não são chamados porque a câmara  não aprovou a lei. O que ele espera é que o impasse seja resolvido o mais rápido possível, pois os serviços essenciais não podem parar. O Promotor lembrou que a empresa que está fazendo um diagnóstico de gestão do município, não está tratando só do concurso, já que, de acordo com suas palavras "...Tem muitas denúncias contra o ex-gestor, denúncias de falta de repasse à previdência...denúncias de que os parcelamentos feitos junto ao INSS não foram recolhidos como deveria, e isso levou os recursos do FPM a serem arrestados, o que acabou prejudicando o pagamento dos servidores, causando um verdadeiro caos administrativo na cidade. Então, tem muitas denúncias a serem apuradas, não é apenas a essa do concurso". 
Ele pediu ainda diretamente à prefeita que ela mande dar prioridade à avaliação que está sendo feita, e disse: "...E se tiver tudo ok, que chame de imediato esses concursados, porque, obviamente, a prioridade é o concursado”. Completou dizendo que “o impasse político levou a essa situação". 
Hugo Alves disse que o MP está dando esse prazo, esperando o resultado da auditoria, e conforme for decidido, a Promotoria vai tomar a sua decisão, podendo concordar ou discordar dos auditores. Sobre a polêmica na cidade em torno do assunto, foi claro ao dizer que não adianta haver especulação. Ele finalizou dizendo: "Até o momento não foi apresentada nenhum tipo de prova de que há ilegalidades que levem à nulidade do concurso, mas eu não descarto que elas possam existir". 
Durante os quase 15 minutos de entrevista, o que se pode notar é que o Promotor Hugo Alves escolheu agir com cautela, sem afirmar, atestar, nem isso, nem aquilo, fora, é claro, o grande impasse em que chegou o município de Camocim, ao ter seus serviços essenciais comprometidos, por algo que nasceu, segundo ele mesmo disse, através de uma questão política. Da mesma forma, de forma cautelosa, ele não afirma que o concurso está legal, nem diz que ele está ilegal. Espera, de forma coerente, pelo que vai ser relatado na auditoria, para só assim se manifestar sobre o assunto. Por uma dessas coincidências da vida, esse vem sendo o posicionamento deste blog. O que estamos adotando é essa mesma espera, para depois, com a decisão final decretada pela justiça, podermos, com base, cobramos as ações que deverão ser tomadas, sem querer saber se isso vai agradar, ou desagradar alguém ou algum grupo.  Ouçam AQUI a entrevista, na íntegra, do Promotor de Justiça, Hugo Alves.

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