SITUAÇÃO CONTINUA MESMO COM O GOVERNO DO ESTADO TENDO QUASE DOBRADO A VERBA INICIAL
Em 30 de Junho de 2008, o
Prefeito de Camocim, Chico Vaulino (PP), recebeu a liberação, através do
Governo do Estado do Ceará, da quantia de R$ 206.210, 85 para a construção de
um matadouro público, que deveria estar pronto em 90 dias, a partir da data da liberação
da verba. Mesmo em caixa, esse dinheiro nunca foi divulgado pelo prefeito. Foi
aí que o Camocim Online descobriu, e trouxe para o conhecimento de todos.
Diante disso, e mesmo assim, o Prefeito Chico Vaulino (PP) só iniciou as obras
em setembro, faltando pouco menos de 30 dias para as eleições daquele ano, em
que ele concorreria à reeleição. Depois de reeleito, a obra foi abandonada, e
retomada somente em 2010, novamente em ano de eleições. Em 31 de Julho de 2010,
com direito à banda de música, e muito foguetório, o Prefeito Chico Vaulino
(PP), inaugurou a obra, ao lado de seus candidatos, Gony Arruda e José Airton,
os dois candidatos à reeleição na esfera estadual e federal, respectivamente.
Em seu discurso, o prefeito ressaltou que aquela era uma das obras mais
aguardadas pelo povo de Camocim. A inauguração pode ter rendido muito votos
para os candidatos que lá estavam, com certeza.
Acontece que essa foi a única vez
que as portas do matadouro de Camocim foram abertas. Na ocasião, o povo entrou
e olhou admirado, espantado e feliz para tantos equipamentos ali presentes.
Pulem agora de Julho de 2010 até 23 de Maio de 2011.
Pois é, como se não bastasse ele
ter ficado esse tempo todo sem nunca ter abatido um "bacurim" sequer,
de portas fechadas e com os equipamentos se deteriorando, nessa data, 23 de
Maio de 2011, a Agência de Defesa Agropecuária do Estado do
Ceará (Adagri), interditou, mesmo sem nunca ter funcionado, o matadouro de
Camocim, por não cumprir as regras de funcionamento para unidades de abate,
Segundo essa decisão, o matadouro jamais poderia ter sido inaugurado, já que
não estava dentro dessas regras.
O tempo passou mais uma vez, e só
depois de várias denúncias na imprensa local e em emissoras de tv, as
autoridades "acordaram", como sempre, e resolveram convocar o
prefeito, para que fosse feito um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) com o
objetivo de resolver a situação junto à ADAGRI. Nesse termo, assinado em 11 de
Agosto de 2011, o Prefeito se comprometeu em equipar, em 6 meses, o
matadouro dentro das exigências técnicas e de higiene, para que ele pudesse
funcionar de verdade ao povo de Camocim.
Agora vamos viajar de novo no
tempo? Hoje, 4 anos e 4 meses depois da verba ter chegado, 2 anos e 1 mês
depois de inaugurado e 1 ano e 12 dias depois da assinatura do termo de ajuste
de conduta, fomos informados que o Prefeito Chico Vaulino (PP), não cumpriu
nenhuma das cláusulas estabelecidas em tal documento, que foi elaborado e
assinado por ele diante do Ministério Público de Camocim. E pior: Não foi por
falta de recursos, pois como se não bastasse a verba enviada pelo governo do
estado em maio de 2008 para a construção do matadouro, esse mesmo governo
liberou, no último dia 29 de Junho de 2012, o valor de R$ 186.317,77. Ou seja,
de maio de 2008 pra cá, o Governador Cid Gomes liberou somente para a
construção do matadouro de Camocim, o valor de R$ 392.528,62. E mesmo assim a
população de Camocim continua consumindo carne de moita, abatida em matadouros
clandestino, sendo que um deles, supostamente está localizado em uma área de
preservação permanente, próximo de dunas e lagoas. A foto da matéria, do
matadouro, foi tirada hoje, e a da carne de moita, sendo transportada de
maneira nada higiênica, no ombro nu de um homem, foi tirada na última
segunda-feira, sob o medo, pois nosso fotógrafo foi praticamente intimidado.
Essa é a realidade do matadouro
que "tem, mas tá faltando" e da carne de moita, que todas as
autoridades sabem que existe, mas que ninguém faz absolutamente nada para
coibir. Nunca se viu uma ação civil pública contra isso esse crime contra a
saúde pública. E assim fica mantida a tradição do prefeito, que não cumpre
acordos fechados diante da justiça. E nada, nada acontece. Camocim segue assim,
sem matadouro, mesmo com mais dinheiro nos cofres da prefeitura, e com a carne
de moita chegando livremente ao mercado sem reforma, para ser comercializada em
“bancas” improvisadas, sem nenhuma higiene, em meio a insetos, moscas e animais
como porcos e cachorros.
Veja AQUI as
duas liberações de verbas para o matadouro no Diário Oficial do Estado.
Fonte: Camocim Imparcial
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