Ao contrário de seus prognósticos, o Partido dos Trabalhadores enfrenta dificuldades nesta eleição - a primeira desde que Lula deixou a presidência da República. O efeito destas dificuldades pode ser notado pelo desempenho dos candidatos do partido em cinco das principais capitais do país: São Paulo, Belo Horizonte, Salvador, Recife e Fortaleza - cidades de denso coeficiente eleitoral e de importante peso político.
O risco de derrota petista nestes centros é grande, o que representará um freio nos projetos políticos da legenda. A má fase surpreende o partido, que contava com a alta popularidade de Lula e o sucesso de seu governo para projetar seus candidatos à posição de favoritos na disputa - o que, no caso destes grandes centros, não vem acontecendo.
O ex-presidente, desde que deixou o Planalto, apesar da vitória sobre o câncer, parece ressentir-se da tribuna privilegiada que o cargo lhe garantia. A imagem de Lula, agora desprovida da aura presidencial, mostra-se mais permeável a desgastes, promovidos seja por erros políticos ou por ataques da oposição. O eventual encolhimento da persona-Lula também não foi satisfatoriamente compensado pela presidente Dilma, cuja identidade com o "PT de raiz" e com a militância é incomparavelmente menor que a do antecessor.
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