quarta-feira, 24 de outubro de 2012

POR QUE BATEM TANTO EM MULHER EM CAMOCIM?

LI NO CAMOCIM ONLINE

Segundo informações fornecidas nesta terça-feira (23) pelo Escrivão da Polícia Civil, De Paula, em entrevista concedida ao Radialista Autran Santos, mais de 50% dos casos que chegam até a Delegacia de Polícia Civil de Camocim, envolve violência doméstica, sendo que a agressão contra mulheres lidera disparada como o crime mais cometido. O que impressiona são os casos em que filhos agridem as mães. Nesses casos, impera o descontrole pelo uso de drogas, sobretudo o crack. Na tentativa de "arrancar" dinheiro da mãe para comprar a droga, o filho parte para a agressão. 
O outro tipo mais conhecido é o velho caso do marido ou namorado que, pense numa frase conhecida: "não aceita o fim do relacionamento". E por não aceitar, ou arrumar outra mulher que aguente o abuso, ou tentar casar com outro homem, resolve encher o saco da ex-mulher ou ex-namorada, proibindo que ela tenha outra pessoa, e agindo de forma selvagem caso entenda que ela fez isso, mesmo que ela não tenha feito, sendo que, se ela tiver feito, não cometeu nada de errado, já que a mesma já tinha dado as contas do infeliz que ela havia escolhido para viver ao seu lado. 
A verdade é que, mesmo com o rigor da Lei Maria da Penha, parece que está longe da violência contra a mulher ter fim, ou pelo menos diminuir em Camocim. O pior, depois da surra, é claro, é o constrangimento da mulher em ter que comparecer a uma Delegacia comum, destinada a receber denúncias de todos os tipos. Lá, além do prédio ser insalubre, incapaz de abrigar seres humanos, tendo sido até interditado pela vigilância sanitária, ela fica sem privacidade, sem um tratamento personalizado, como funciona em delegacias destinadas aos crimes contra mulheres. O Camocim Online faz o apelo para a implantação de uma Delegacia da Mulher na cidade há tempos, e vamos continuar sendo uma voz no deserto, até que algum governante sensível à situação, resolva tornar possível essa necessidade. O mais triste é saber que, enquanto você está lendo essa matéria, é provável que alguma mulher camocinense esteja debaixo de peia, tendo como autor, alguém que vive, viveu com ela ou até mesmo o próprio filho. 

Fonte: Camocim Online

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