Embarcação tinha cinco
tripulantes, mas um foi encontrado com vida e está internado em um hospital da
região. O barco de pesca de nome Peralta naufragou na madrugada da última segunda-feira
(21), no litoral de Acaraú, município localizado a 253 Km da Capital. Dos cinco
tripulantes que estavam a bordo, um foi resgatado por volta das 4h da última
terça-feira (21), pelo barco de pesca Itaí III, que chegou em Acaraú na
madrugada de ontem. De acordo com informações da Capitania dos Portos do Ceará,
o sobrevivente apresenta bom estado de saúde. Já os outros quatro continuam
desaparecidos.
Logo que tomou
conhecimento do fato, a Capitania iniciou os serviços de busca e salvamento. Um
navio que estava nas proximidades - o rebocador de alto-mar Triunfo - deu
início aos trabalhos, que têm como finalidade localizar os quatro pescadores
ainda desaparecidos. Uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) também foi
acionada e está dando suporte nas buscas. Foi deslocada, ainda, uma equipe da
Inspeção Naval para Acaraú, para reforçar as buscas e também entrar em contato
com familiares.
Francisco Xavier Filho,
presidente da Colônia de Pescadores Z-1, de Camocim, conta que ficou sabendo do
naufrágio através da Capitania dos Portos do Ceará, na noite da última
terça-feira (21). Sem perder tempo, comunicou os demais pescadores sobre o
sinistro. Ele informa que mais de 200 embarcações artesanais saem, todos os
dias, a partir de meia-noite até as 2h, para alto mar em Camocim e só retornam
no dia seguinte, das 9h até o período da tarde.
"Vamos fazer uma varredura em todo o mar da
região", salienta. Conforme o presidente da Colônia, a área conta com
cerca de 1.500 pescadores.
A Colônia de Pescadores
Z-2, de Acaraú, informa que dois dos cinco pescadores envolvidos no naufrágio tinham
cadastro na entidade. O único resgatado até agora segue internado no hospital
da região. Ele teria contado que uma tábua se soltou embaixo da embarcação -
uma lancha de pequeno porte - e rapidamente ela veio a afundar. Tudo teria
acontecido rapidamente e a maré levou um para cada lado.
Conforme a Colônia de
Pescadores Z-1, este é o primeiro caso de naufrágio registrado neste ano, na
região. Francisco Xavier comenta que o período crítico, de fortes ventos,
abrange os meses de agosto a dezembro. "Ainda estamos no inverno, o tempo
está uma calmaria. Em época de vento forte, muitos pescadores preferem não
sair", destaca. A Capitania dos Portos informa que será instaurado
inquérito administrativo para apurar o fato. O prazo para conclusão é de 90
dias. Em seguida, o resultado será enviado ao Tribunal Marítimo, no Rio de
Janeiro.
Buscas
Apesar de não saber
precisar até quando as buscas irão ocorrer, o capitão-tenente José Reginaldo
Diniz, agente da Capitania dos Portos em Camocim, assegura que elas continuarão
sendo feitas, tanto de navio quanto de aeronave, inclusive no período da noite,
apesar da dificuldade de visibilidade.
Segundo informações já
apuradas pela Capitania com o sobrevivente, a embarcação teria afundado
prontamente. Todos os pescadores estariam com coletes salva-vidas e boias. Os
tripulantes também teriam conseguido retirar da embarcação um material que
flutua, de isopor, o que poderá auxiliar os pescadores nessa brava luta pela
sobrevivência. "Temos esperanças de que eles sejam encontrados o mais
rápido possível", destaca Diniz.
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