Vou agora ater-me a
falar sobre o Sistema Público de Saúde e sobre as soluções que vêm sendo
citadas pela presidenta e pelo ministro da Saúde. No seu primeiro
pronunciamento disse que traria milhares de médicos estrangeiros para o Brasil.
No segundo, além disso, que estaria aumentando o número de vagas nas faculdades
de medicina em cerca de dezessete mil para levar médicos para o interior do
País.
Concluímos de forma simples que a política equivocada de interiorização
de médicos do atual governo é através do aumento de mão-de-obra e não de uma
outra forma séria, dando qualidade de trabalho ao profissional. Reafirmo o que
já falei: de médicos não precisamos – temos quase o dobro de médicos por 1000
habitantes do que o preconizado pela OMS (Organização Mundial de Saúde)!
Portanto aumentando-se a quantidade de médicos formados, além de não haver
qualquer avaliação de qualidade destes profissionais e das faculdades onde são
formados, estes tenderão a ficar aonde a maioria já está: nas cidades onde há
as melhores condições de trabalho e não no interior! O Conselho Federal de
Medicina, maior conhecedor do setor, é veementemente contra o aumento de vagas
e sim a favor da criação de uma carreira de Estado para o médico brasileiro,
assim dando condições de trabalho aos profissionais no interior, com salários
dignos e de um sistema articulado, justo e democrático.
Sonho em ver um sistema
público capaz de dar uma assistência digna aos mais pobres nos cantos mais
distantes deste continental Brasil, tratando-os como verdadeiros cidadãos, sem
falta de insumos e condições de transferi-los, caso seja necessário, atendidos
por profissionais de gabarito, mesmo que mais jovens, porque os mais
experientes estarão nos grandes centros ajudando a formar as novas
gerações.
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