O major Giovani
Sobreira Gomes, acusado de liderar uma quadrilha formada por policiais
miliares, foi afastado do cargo, ontem, na 3ª Companhia do 2º Batalhão da
Polícia Militar de Brejo Santo, na região do Cariri. A medida judicial foi
cumprida pela Controladoria Geral da Disciplina dos Órgãos da Segurança Pública
e Sistema Penitenciário do Estado do Ceará, em diligência acompanhada pelas 1ª
e 2ª Promotorias de Justiça daquele município. Conforme informações dos
promotores de Justiça Franke Soares e Márcia Pereira, há mais de um ano, o
Ministério Público do Ceará (MP-CE) vinha recebendo denúncias que demonstram a
existência da quadrilha nos quadros da Polícia Militar em Brejo Santo. De acordo ainda com o MP-CE, o grupo é responsável pela prática de vários
crimes, como ameaças, constrangimentos ilegais, falsos testemunhos, abusos de autoridade,
violações de domicílios, violência arbitrária, denunciação caluniosa, torturas
e corrupção. Direitos Humanos Algumas das denúncias chegaram ao conhecimento do MP estadual através da
Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República e do Ministério
Público Federal. Vítimas ou pessoas da comunidade que presenciaram alguns dos
crimes, também entraram em contato com órgão. O MP-CE informa que em pelo menos
um dos casos, as lesões sofridas, em decorrência da tortura, foram
fotografadas, filmadas e confirmadas pela perícia médico-legal. O MP-CE havia
requerido a prisão preventiva do major Sobreira, além da prisão temporária e o
afastamento de outros policias. Mas, em um primeiro momento, foi deferido pela
Justiça apenas o afastamento do major Sobreira e medidas cautelares
alternativas à prisão. A Polícia Militar do Ceará deve pronunciar-se,
hoje, sobre o assunto.
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